Marãiwatsédé, a terra indígena mais desmatada da Amazônia
A presença de invasores não indígenas na TI Marãiwatsédé fez com que ela se tornasse a terra mais desmatada da Amazônia Legal. Dados do Deter/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de outubro de 2012, consolidados no mapa ao lado pelo Instituto Socioambiental, mostram que o desmatamento avançou principalmente sobre a área do entorno da aldeia xavante.
Em reportagem publicada em dezembro de 2012, o jornal O Globo divulgou a informação de que, em 2011, Marãiwatsédé também foi considerada a terra indígena mais desmatada no país pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), do Inpe. Esses dados apontam que 71,5% da área foram desmatados até 2011. Nesse ranking, Marãiwatsédé é seguida pela TI Cachoeira Seca do Iriri, do povo Parakanã, que aguarda há anos a desintrusão de seu território e o fim do conflito com os invasores não indígenas.
Através de informações do site De Olho nas Terras Indígenas, é possível notar que a evolução do desmatamento em Marãiwatsédé não é novidade: cerca de 60% da área foi desmatada até o ano de 2009. Desse total, em torno de 40% da área já havia sido desmatada antes do ano 2000, o que indica um aumento de 20% entre 2000 e 2009. Veja no gráfico abaixo um ranking com as Terras Indígenas mais desmatadas na Amazônia Legal até 2009. Marãiwatsédé ostenta a primeira posição.
A presença não indígena na TI Marãiwatsédé é certamente o principal motivo do avanço do desmatamento sobre a área, devido às práticas de criação de gado, plantio de soja e extração de madeira de forma ilegal. Acompanhe nos vídeos abaixo os impactos da presença do homem branco em Marãiwatsédé.
Pecuária ilegal em terra xavante
Homem branco em Marãiwatsédé
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